Museu Dom Diogo de Souza lança calendário anual interativo

por Yuri Cougo Dias

Mantido pela Fundação Áttila Taborda/Urcamp, o Museu Dom Diogo de Souza lança um calendário anual interativo. A cada mês, o material conta com desenhos do professor do curso de Arquitetura, Francisco Lucas, valorizado os detalhes arquitetônicos do espaço, bem como da importância da valorização do patrimônio. A ação, cabe ressaltar, contou com apoio da Fundação Áttila Taborda e da Associação dos Amigos dos Museus.

Conforme a gestora do Museu Dom Diogo de Souza, Carmen Barros, em cada mês, o calendário conta com uma citação do quanto à educação patrimonial é fundamental para que uma sociedade possa vigorar. Inclusive, Carmen destaca a citação do mês de janeiro, que é da tribo indígena Ticuna, cuja frase é a seguinte: “Museu é o lugar que segura o mundo”.

Segundo Carmen, a expectativa, a partir da elaboração do calendário anual interativo, é pela valorização do museu e da arte, de modo que esse processo educativo reforço a autoestima da comunidade, que se identifiquem como cidadãos. “Os desenhos de Francisco Lucas foram realizados durante o restauro deste prédio para abrigar o acervo deste museu, que é um dos mais valiosos do Rio Grande do Sul. A riqueza dos desenhos de Francisco aproxima nossos olhos com a arte que foi concebido no projeto arquitetônico e com a expressão do artista”, destaca.

A interação com o calendário será feita mediante vídeos, leituras de poemas e histórias, cujos momentos acontecerão mensalmente. “Buscamos a difusão cultural e a valorização da arquitetura, do museu e seus acervos, e do artista, todos patrimônios. Este evento acontecerá online, pois o patrimônio maior que temos é a vida”, complementa Carmen

Responsável pelos desenhos, Francisco Lucas destaca que a intenção foi trazer um olhar diferenciado do patrimônio existente no museu. “Fiquei muito feliz em contribuir com o calendário com esses desenhos desenvolvidos para o projeto de restauro do prédio. São desenhos feitos com a impessoalidade do computador, porém, com a visão de quem percebe o patrimônio arquitetônico nos seus detalhes. E a meu ver, acho que a contribuição é exatamente esta, de apresentar o prédio de uma forma que, pela distância visual ou outro motivo, não é percebida por algumas pessoas”, finaliza.