HU recebe orientações sobre procedimentos de monitoração e controle do coronavírus
Dentro da programação de enfrentamento ao coronavírus na região, o Centro de Operações de Emergência (COE) e a Vigilância Epidemiológica, da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), realizaram um encontro, na manhã de ontem, com colaboradores do Hospital Universitário Dr. Mário Araújo, além de coordenadores dos cursos da Saúde da Urcamp. A intenção foi debater e ajustar o plano de ações e atendimentos, além de ressaltar a importância da manutenção das boas práticas de higiene, que devem ser repassadas, também, aos pacientes.
A médica pneumologista, Flávia Marzola, responsável pelo COE, explica que a ideia é ajustar com todas as instituições de saúde da região um plano para responder ao momento de crise atual. Ela ressalta que a pandemia cresce em progressão expressiva e ainda não há nenhuma informação sobre medicamentos para auxiliar no controle da propagação. Assim, enquanto não houver uma “cura”, o que o setor da saúde pode garantir é um plano de contingenciamento para atender a demanda, sem que o sistema de saúde entre em colapso. “Sabemos que apenas um número baixo será internado, mas precisamos estar preparados para essas situações”, destaca.
Flávia destaca que o modelo brasileiro de atendimento deve seguir as medidas adotadas em países que conseguiram organizar e controlar a propagação da doença, como Japão e Cingapura. “Vamos copiar o que deu certo nestes locais. A implantação de medidas não-farmacológicas, como o isolamento voluntário, é uma destas ações”, explica.
A médica confirma que, até o momento, seguem cinco casos suspeitos de infecção pelo vírus. Contudo, nos três de Bagé, no de Dom Pedrito e na situação de Candiota, os pacientes já realizaram a coleta para testagem do material e permanecem em isolamento. Importante: quatro das cinco situações de suspeita foram originadas após viagem aos Estados Unidos. Apenas uma foi registrada após a chegada do paciente de São Paulo, onde manteve contato com outra pessoa recentemente vinda da Europa, onde está localizado o atual epicentro da pandemia.
Os exames, de acordo com a coordenadora do COE, são feitos em Porto Alegre, no Laboratório Central (Lacen), e levam cerca de 48 horas para serem realizados, mas dependem de vários fatores logísticos como o tempo de coleta, armazenamento e envio do material. A expectativa é que, até o final da semana, sejam divulgados os resultados das testagens.
Juliana Tarouco Severo, coordenadora da Enfermagem do HU, destaca a importância do afinamento de ações entre todas as instituições de saúde da região para garantir um atendimento de qualidade para quem necessitar. “Reunimos não apenas os enfermeiros e técnicos do Hospital Universitário, mas também professores dos cursos da área da Saúde da Urcamp, que atuam em projetos de extensão na instituição, a fim de traçarmos um plano de ação dentro do que é preconizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa”, destaca.