Comunitárias buscam representante no Conselho Nacional de Educação

A reitora da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), Lia Maria Herzer Quintana, e o gerente financeiro da instituição, Sebastião Kaé, acompanharam, durante todo o dia de ontem, uma comitiva de reitores e representantes do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas – Comung – e da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias – Abruc, em Brasília. O objetivo do grupo é sensibilizar as bancadas no Senado e na Câmara quanto à valorização da atuação das comunitárias para o desenvolvimento do Ensino Superior no País, frente a propostas de reformas que tramitam no setor.

Durante as atividades que preveem visitas à bancada gaúcha no Congresso, o grupo esteve com a senadora Ana Amélia Lemos (Progressistas-RS) que, para a reitora Lia Quintana, tem demonstrado eficiente liderança em Brasília quanto aos temas que dizem respeito às universidade do Rio Grande do Sul e às comunitárias, em especial. No gabinete da senadora, os representantes das universidades buscaram apoio à nomeação de membros que conheçam e representem o trabalho das comunitárias brasileiras junto ao Conselho Nacional de Educação – CNE -, o que depende de indicação do Ministério da Educação. Por isso, a comitiva trabalha com duas propostas: para a Câmara do Ensino Superior do CNE as entidades indicam o nome do ex-reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul, Vilmar Thomé; para a Câmara de Ensino Básico, a indicação é pelo nome do reitor da Universidade La Salle, de Canoas, Paulo Fossatti. Lia Quintana está otimista com o trabalho e acredita que a credibilidade dos nomes propostos signifique garantia de representação no CNE.

Um trabalho pelo Ensino Superior

A senadora Ana Amélia Lemos é uma apoiadora já conhecida das universidades comunitárias e do Ensino Superior no Rio Grande do Sul. Além de acompanhar de perto todos os temas que propõem mudanças ou reformas no setor, ela busca alternativas para a sustentabilidade do sistema. Ana Amélia é autora de um projeto de lei que permite a universidades públicas e comunitárias criar fundos patrimoniais para receber e administrar recursos de doações de pessoas físicas ou jurídicas. Esse modelo, explica a senadora, é tradicional em vários países e está presente nas dez melhores universidades do mundo. Para ela, em ambientes de recursos difíceis, a medida contribuirá para o desenvolvimento do ensino e pesquisa de excelência também no Brasil. O projeto já foi aprovado no Senado e passa pela tramitação na Câmara dos Deputados.