Gastronomia reproduz receitas de famílias

O arroz de leite da avó ou aquela traíra frita que só o seu pai fazia. Os sabores realmente nos remetem à lembranças que associamos, de forma nostálgica, a algum parentesco, um familiar. E foi justamente esta a ideia proposta pela professora, enóloga e gastrônoma Fernanda Dall asta, dentro das disciplinas Prática de Cozinha Riograndense e Enogastronomia.

De repente, diferentes aromas tomam conta do laboratório onde são produzidas aós pratos. É a primeira turma de formandos do curso de Gastronomia, que prepara cada alimento com fidelidade à receita de família.

A acadêmica Alene Machado, trouxa a receita da avó paterna, um quibe de abóbora, que ganhou um toque particular na apresentação. “Acredito que a comida afetiva faça com que a gente refresque a nossa memória da infância, por exemplo, ou de algum lugar. Além disso, a gente fica sabendo um tanto da história que envolve a comida dos outros colegas, isso nos acrescenta muito”, justifica.

E a abóbora foi também o legume utilizado por Carla Cloque, que apresentou um belo mogango caramelado, como receita de casa. “Acho bárbaro ter essa troca de experiências, faz a gente ter um universo bem mais amplo da gastronomia. Cada um contribui um pouco e a gente agrega conhecimento”, resume.

Os pratos escolhidos e confeccionados pelos alunos foram:
- Geléia de butiá, Geléia de butiá com pimenta Jamaica, Brigadeiro de butiá, Quibe, Bolinho de traíra, Traíra frita, Origone (arroz de pêssego), Mousse de butiá, Figo em calda, Arroz de leite, Sagú e Doce de abóbora.

A professora conta que a intenção é ampliar os conhecimentos, utilizando produtos da culinária local. “A ideia é explorar sabores, testar aromes e diferentes texturas”, explica Dall asta.
Na gastronomia o universo é amplo e diverso e nesse contexto, nada é mais familiar do que as receitas que nos transportam à lembranças.