Professora da Urcamp vai desenvolver pesquisa na Espanha

O trabalho será desenvolvido por meio de uma parceria que envolve a Urcamp e outras duas Instituições de Ensino Superior do México e
Espanha.

O trabalho que será desenvolvido leva o título: “Vias de sinalização de receptores canabinóides na neurodegeneração inflamatória: papel das vias de sinalização redox”.

Este projeto está sendo desenvolvido com financiamento dos governos da Espanha e do México, sendo coordenado pelos professores Isaac Túnez (Universidade de Córdoba/Espanha) e Abel SantaMaría del Ángel (Instituto de Neurologia e Neurocirurgia Juán Velasco/México). Pela Urcamp a professora, coordenadora do curso de Fisioterapia, Ana Zilda Colpo, está integrando a equipe como
pesquisadora associada e viaja no próximo dia 30, permanecendo na
Espanha até o dia 15 de abril. Em 2020 o grupo de pesquisadores volta a se reunir e o término do estudo está previsto para 2021.

A professora da Urcamp vem se dedicando a pesquisa básica e trabalhando nessa linha há 8 anos, seu foco é estresse oxidativo, longevidade, doenças crônicas e compostos derivados de produtos naturais. Na instituição o modelo utilizado nas suas pesquisas é a
Drosophila melanogaster, conhecida popularmente como mosca da fruta. Este inseto tem sido cada vez mais reconhecido como um bom modelo para estudar questões metabólicas e suas vias de regulação, assinala ela.

De acordo com a professora, durante o trabalho, na Espanha o grupo iráavaliar como a ativação de receptores (moléculas capazes se ligar outras moléculas de afinidade no sistema nervoso) canabinóides que são compostos da planta Cannabis sativa (maconha), podem atuar reduzindo processos inflamatórios que levam a neuro degeneração, em doenças relacionadas ao cérebro. Segundo Ana Colpo, já existem estudos comprovando que a ativação desses receptores é capaz de reduzir o estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial no cérebro de ratos, no entanto, os mecanismos de proteção que ocorrem, permanecem indeterminados, assim, o principal objetivo
do estudo é ampliar esse conhecimento.

Através da utilização dos canabinóides, sintetizados a partir da Cannabis sativa, pretende- se atestar que essa substância possui potencial terapêutico. Em termos práticos, a partir desse resultado, pode-se sugerir o uso derivados da planta para tratamento adjuvante em pessoas com as doenças como: Alzheimer, doenças de Parkinson e demências, por exemplo. “Esta articulação internacional é uma oportunidade para aumentar a experiência, as habilidades e motivação pessoal. Além disso, os resultados do projeto comporão uma pesquisa de qualidade e as publicações serão motivos para aumentar a respeitabilidade e fortalecer a política de internacionalização de nossa instituição”, revela a pesquisadora.
Para finalizar, a professora ressalta que é uma entusiasta e apoiadora da causa das Mulheres na Ciência, dessa forma seu trabalho também busca ampliar a inserção e visibilidade das mulheres nesse campo. “O que queremos, para nossa geração e para as gerações mais novas, é mudar o paradigma de diferenças de gênero, buscando um crescimento genuíno, inclusivo e sustentável”, conclui.

Ana Colpo é Fisioterapeuta, especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva, mestre e doutora em Bioquímica.